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Da Redação
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) do Brasil assinaram o projeto Ação regional para fortalecer as instituições públicas que são membros da Rede de Sistemas Públicos de Abastecimento e Comercialização de Alimentos (SPAA), no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO.
Segundo o relatório O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo (SOFI 2025), a inflação dos preços dos alimentos tem dificultado a recuperação da segurança alimentar e da nutrição após a pandemia. Desde 2020, a inflação global dos preços dos alimentos tem superado sistematicamente a inflação geral, e os países de baixa renda foram particularmente afetados pelo aumento desses preços.
Essa nova iniciativa de cooperação Sul-Sul trilateral foi assinada dia 13 de agosto, na cidade de Cartagena, Colômbia, durante a X Reunião da Rede de Sistemas Públicos de Abastecimento e Comercialização de Alimentos (Rede SPAA), e contou com a participação do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) do Brasil, Edegar Pretto; da chefe de gabinete da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), ministra Andréia Rigueira; do representante da FAO na Colômbia, Agustín Zimmermann; e da ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Colômbia (MinAgricultura), Martha Viviana Carvajalino Villegas.
O presidente da CONAB, Edegar Pretto, destacou que, pela primeira vez na história da Rede SPAA, a instituição está destinando 500 mil dólares para fortalecer diretamente a capacidade da rede, por meio da cooperação técnica com a FAO.
Com duração de 20 meses, o projeto será implementado em nível nacional e regional, com o objetivo de fortalecer as políticas e programas públicos de abastecimento e comercialização de alimentos nos países membros da Rede SPAA. Atualmente, a rede conta com 18 países: Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, El Salvador, Estado Plurinacional da Bolívia, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Bolivariana da Venezuela, República Dominicana, São Vicente e Granadinas. Foi anunciado, ainda, o ingresso de um novo país: Uruguai.
Para o oficial de Políticas e Sistemas Alimentares da FAO, João Intini, os sistemas públicos de abastecimento e comercialização são atores-chave para enfrentar os impactos da crise dos preços de alimentos básicos que afetam as populações. Além disso, contribuem para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na produção agropecuária, especialmente da agricultura familiar, atuando com políticas públicas inclusivas e que fortalecem o funcionamento dos sistemas agroalimentares.
Para a execução deste projeto, a ABC/MRE será a entidade responsável por coordenar a cooperação técnica internacional no Brasil, enquanto a CONAB aportará sua experiência e recursos financeiros, técnicos e humanos para supervisionar e executar as ações do projeto. A FAO, por sua vez, facilitará os processos de cooperação, oferecendo apoio técnico, operacional e administrativo. Os países parceiros participarão ativamente da implementação e da formulação de ações estratégicas ao longo do projeto.
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