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Da Redação
Nos últimos meses, tem sido cada vez mais comum avistar vendedores ambulantes pelas ruas de Curitiba, oferecendo de frutas frescas a artigos diversos. Com gritos característicos como "Olha a fruta, freguesa!", esses trabalhadores se espalham pelos principais pontos da cidade, especialmente em locais de grande movimento, como a Rua XV de Novembro e os arredores do terminal do Guadalupe.
Esse fenômeno reflete um cenário econômico desafiador, no qual muitos encontram no comércio de rua uma alternativa para garantir o sustento. Entre os ambulantes, há histórias de pessoas que perderam empregos formais, pequenos empreendedores e até jovens em busca de uma renda extra. Eles oferecem frutas frescas, doces caseiros, artigos eletrônicos e outros itens que conquistam a clientela pela praticidade e preços acessíveis.
Para quem circula pelas ruas, a presença dos ambulantes é motivo de opiniões divididas. Por um lado, muitos consumidores apreciam a facilidade de comprar alimentos e artigos sem precisar se deslocar até lojas ou mercados. Por outro lado, comerciantes locais às vezes se sentem prejudicados, argumentando que a competição desleal pode impactar as vendas nos estabelecimentos formais.
A Prefeitura de Curitiba vem buscando estratégias para regulamentar a situação e organizar a presença dos ambulantes, com o objetivo de garantir que o espaço público seja compartilhado de forma equilibrada entre trabalhadores informais, comerciantes e pedestres. Em alguns pontos, como nos arredores da Boca Maldita, os vendedores são distribuídos de maneira a não obstruir o trânsito de pessoas.
A presença dos vendedores ambulantes, com suas chamadas características e produtos variados, mostra a resiliência de muitos trabalhadores diante das adversidades e ressalta o caráter popular das ruas de Curitiba. Em tempos de instabilidade econômica, eles representam a criatividade e a capacidade de adaptação, aproximando-se da população com ofertas que cabem no bolso e que, muitas vezes, já fazem parte do cotidiano dos curitibanos.
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