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Da Redação
Em uma apresentação no Salão Oval na terça-feira (20), acompanhado por generais militares norte-americanos e senadores republicanos, o presidente Donald Trump ofereceu novos detalhes de seu ambicioso projeto de escudo antimísseis Cúpula de Ouro. "Tenho o prazer de anunciar que selecionamos oficialmente uma arquitetura para este sistema de última geração que implementará tecnologias de última geração em terra, mar e espaço, incluindo sensores e interceptadores espaciais", disse Trump na ocasião.
Segundo Trump, o sistema será capaz de interceptar mísseis lançados de qualquer parte do mundo, inclusive do espaço, e será o mais avançado já construído. Para liderar o projeto, ele nomeou o general Michael Guetlein, vice-chefe de operações espaciais da Força Espacial, destacando a importância estratégica do programa em seu segundo mandato.
O projeto Cúpula de Ouro foi inicialmente proposto no início do segundo mandato de Trump, com uma ordem executiva que exigia um estudo de 60 dias sobre possíveis arquiteturas para o sistema.
O escudo antimísseis proposto visa enfrentar uma ampla gama de ameaças, desde armas de baixo custo até mísseis hipersônicos e de cruzeiro avançados. Diferente do atual sistema de defesa, que se concentra em ameaças de países como Coreia do Norte e Irã, a Cúpula de Ouro também pretende lidar com ameaças de potências como China e Rússia. Apesar da ambição do projeto, Trump forneceu poucos detalhes técnicos, mencionando apenas a inclusão de interceptadores espaciais e hipersônicos.
De acordo com o Defense News, algumas partes da arquitetura do projeto, como a camada de rastreamento de mísseis baseada no espaço, já estão sendo desenvolvidas pela Força Espacial e pela Agência de Desenvolvimento Espacial. Essa infraestrutura poderá ser expandida para integrar a Cúpula de Ouro.
O projeto recebeu amplo apoio dos republicanos no Congresso. Senadores como Dan Sullivan e Kevin Cramer apresentaram um projeto de lei propondo US$ 19,5 bilhões (cerca de R$ 110,4 bilhões) para a Cúpula de Ouro em 2026, incluindo a instalação de sistemas Aegis Ashore e o uso de dirigíveis para detecção de ameaças. A Câmara dos Representantes também incluiu US$ 25 bilhões (mais de R$ 141,5 bilhões) no orçamento de 2025. Trump demonstrou confiança na aprovação do financiamento, estimado em US$ 175 bilhões (aproximadamente R$ 991,1 bilhões), afirmando que proteger vidas torna o processo de obtenção de recursos mais fácil.
Trump destacou que os sistemas serão fabricados nos EUA, embora não tenha confirmado contratos, empresas como L3Harris, Lockheed e RTX já estão envolvidas no desenvolvimento de sensores e interceptadores.
Ainda nesta quarta-feira (21), quando questionado sobre o novo sistema antimísseis norte-americano, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou ser uma questão de soberania.
"Esta é uma questão de soberania dos Estados Unidos. Se os Estados Unidos acreditam que existe um perigo de mísseis, então, é claro, eles estão desenvolvendo sistemas de defesa antimísseis. É isso que todos os países que têm potencial para fazê-lo [podem fazer]", disse Peskov a repórteres.
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FONTE/CRÉDITOS: CSN - Central Sul de Notícias - Sputnik
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