CSN - Central Sul de Notícias - Sputnik
Da Redação
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Nesta quarta-feira (9), após semanas de consultas, os Estados-membros da União Europeia (UE) concordaram em adotar medidas retaliatórias às tarifas norte-americanas sobre o aço e o alumínio.
De acordo como o Euro News, os Estados-membros da UE aprovaram tarifas de 25% sobre uma ampla gama de produtos norte-americanos, como amêndoas, suco de laranja, aves, soja, aço, alumínio, tabaco e iates, em retaliação às tarifas de 25% impostas pelos EUA sobre as importações de aço e alumínio do bloco.
Estas são as primeiras medidas retaliatórias da Europa na guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra seus parceiros comerciais globais, que, para muitos analistas, é um mero reflexo de seu alvo principal: a China.
A lista de produtos-alvo foi intensamente debatida pelos Estados-membros, preocupados com possíveis contramedidas norte-americanas que afetariam suas indústrias. A Hungria deixou claro que não votaria a favor das tarifas. França, Irlanda e Itália conseguiram remover o uísque Bourbon da lista após Trump ameaçar impor uma tarifa de 200% sobre o álcool europeu.
O volume de importações norte-americanas afetadas pelas tarifas da UE equivale a cerca de € 22 bilhões (mais de R$ 147,9 bilhões) em produtos, enquanto as tarifas norte-americanas sobre as exportações de alumínio e aço da UE somam € 26 bilhões (aproximadamente R$ 174,6 bilhões) por ano.
O cronograma das tarifas da UE foi prorrogado para permitir negociações com os EUA, com as tarifas entrando em vigor entre 15 de abril e 1º de dezembro. Essas medidas retaliatórias são o primeiro passo na resposta da UE à guerra comercial norte-americana.
Além do alumínio e do aço, o governo Trump impôs tarifas de 25% sobre carros da UE e tarifas entendidas como "recíprocas" de 20% sobre todas as importações do bloco europeu, afetando 70% das exportações da UE para os EUA.
Segundo a apuração, a Comissão Europeia já está trabalhando em um segundo pacote de retaliação, que será apresentado no início da próxima semana.
FONTE/CRÉDITOS: CSN - Central Sul de Notícias - Sputnik
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