CSN - Central Sul de Notícias -
Da Redação
O cenário político para as eleições presidenciais de 2026 segue incerto, especialmente no campo da direita. Aliados de Jair Bolsonaro (PL) avaliam que o ex-presidente será condenado no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Diante dessa possibilidade, a principal estratégia do grupo bolsonarista tem sido garantir que Bolsonaro, caso condenado, cumpra uma eventual pena em prisão domiciliar, como aconteceu com Fernando Collor.
Sucessão
A sucessão política do ex-presidente, portanto, se tornou um tema central nas articulações da direita. Inicialmente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era apontado como o nome natural para representar o bolsonarismo em 2026. No entanto, cresce a desconfiança dentro do núcleo bolsonarista em relação a Tarcísio, principalmente por sua postura mais independente no governo paulista e pela falta de gestos concretos em defesa da família Bolsonaro.
Diante desse cenário, Michelle Bolsonaro tem ganhado força como possível candidata do grupo. A ex-primeira-dama vem se aproximando de figuras influentes do bolsonarismo, incluindo Carlos Bolsonaro, e sua pré-candidatura passou a ser trabalhada nos bastidores. Entre as opções avaliadas, cogita-se uma chapa liderada por Michelle, tendo como vice o senador Rogério Marinho (PL-RN), o que representaria uma candidatura "puro sangue" dentro do PL.
Condenação
Enquanto Bolsonaro mantém publicamente o discurso de que pretende disputar a Presidência, mesmo inelegível, seus aliados trabalham para consolidar um nome forte que possa manter o bolsonarismo competitivo em 2026. O grande desafio será garantir apoio suficiente dentro da direita e do Centrão, que já articula para indicar o nome do vice na chapa apoiada pelo ex-presidente.
Caso Bolsonaro seja condenado e impedido de concorrer, sua influência sobre a eleição dependerá de sua capacidade de mobilizar sua base e transferir votos para um sucessor. Seja Tarcísio, Michelle ou outro nome, a disputa presidencial de 2026 promete ser marcada por intensas negociações e uma possível reconfiguração dentro da direita brasileira.
Comentários: