CSN - Central Sul de Notícias
Da Redação
REPORTAGEM | POLÍTICA NACIONAL - carta no final da reportagem
Brasília, 18 de julho de 2025 – Em nota oficial divulgada nesta sexta-feira (18), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a instalação de tornozeleira eletrônica no ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento, divulgado nas redes sociais, acusa o magistrado de agir como "ditador" e de usar o STF como "arma pessoal" para fins de perseguição política.
“Recebi com tristeza, mas sem surpresa, a notícia da invasão da Polícia Federal à casa do meu pai nesta manhã”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, o ministro Alexandre de Moraes “há tempos escancaradamente se converteu em um gangster de toga”.
A decisão judicial que motivou a manifestação de Eduardo faz parte do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Além da tornozeleira eletrônica, outras medidas cautelares estariam sendo avaliadas contra o ex-presidente.
Acusações e contexto internacional
Eduardo Bolsonaro também relaciona a ação do STF a uma suposta retaliação por conta das recentes medidas adotadas pelo governo norte-americano, liderado por Donald Trump, que impôs tarifas sobre produtos brasileiros. Segundo o deputado, as acusações contra Bolsonaro “se apoiam num delírio ainda mais grave”, construídas com base em “ações legítimas do governo dos Estados Unidos”.
A nota acusa Moraes de tentar criminalizar Trump e o próprio governo americano. “Como é impotente diante deles, decidiu fazer do meu pai um refém”, declarou Eduardo, argumentando que as ações do ministro sabotam as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.
Reações e resistência
Ao final da nota, Eduardo Bolsonaro reforça o tom de resistência: “Silenciar meu pai não vai calar o Brasil”. E afirma que ele e “milhões de brasileiros” continuarão defendendo Jair Bolsonaro.
A nota gerou reações imediatas nas redes sociais, tanto de apoiadores quanto de críticos. Enquanto aliados políticos do ex-presidente classificaram a decisão como “exagerada”, membros da oposição e especialistas jurídicos defendem a legalidade da medida e apontam que se trata de uma resposta a graves suspeitas de crimes contra o Estado democrático de direito.
A Polícia Federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o cumprimento da medida. O Supremo Tribunal Federal, até o momento, também não comentou a nota do deputado.

Siga o CSN para atualizações em tempo real sobre o caso.

Comentários: