CS - Central Sul de Notícias
Da Redação
A Moody’s (assim como outras agências de classificação de risco, como a S&P e a Fitch) atribui notas de crédito soberano para países e estados com base em sua capacidade de honrar dívidas. Um rebaixamento da nota indica maior risco de inadimplência ou deterioração das condições econômicas, fiscais ou políticas que impactam negativamente essa capacidade.
Os EUA perderam sua última classificação de crédito perfeita, já que a influente agência de classificação Moody's expressou preocupação com a capacidade do governo de pagar sua dívida. Ao rebaixar a classificação dos EUA de 'AAA' para 'Aa1', a Moody's observou que sucessivas administrações dos EUA não conseguiram reverter os crescentes déficits e custos de juros.
Os Estados Unidos, por exemplo, já possuíram a nota máxima (AAA) de todas as três grandes agências. No entanto:
-
Standard & Poor's (S&P) retirou o AAA em 2011, durante a crise do teto da dívida.
-
Fitch rebaixou os EUA de AAA para AA+ em 2023, citando deterioração fiscal e disputas políticas recorrentes sobre o teto da dívida.
-
Moody's foi a última a manter AAA, mas em novembro de 2023, mudou a perspectiva da nota para negativa, o que é um sinal de que um rebaixamento pode ocorrer no futuro.
Motivos comuns para rebaixamentos de crédito:
-
Aumento da dívida pública: Se o país (ou estado) acumula muita dívida sem uma estratégia clara para estabilizá-la.
-
Déficits fiscais persistentes: Gastos públicos muito maiores que a arrecadação.
-
Instabilidade política: Dificuldade de chegar a consensos sobre orçamentos, como nos EUA com o teto da dívida.
-
Crescimento econômico fraco: Se a economia cresce pouco, a arrecadação fiscal é menor, dificultando o pagamento da dívida.
-
Riscos institucionais: Crises institucionais ou enfraquecimento da governança fiscal.
Comentários: