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Da Redação
A busca pela beleza ideal nunca esteve tão em alta. Homens e mulheres de diferentes idades lotam as clínicas de cirurgia plástica em busca de transformações estéticas que prometem melhorar a aparência, elevar a autoestima e alinhar suas imagens com padrões cada vez mais difundidos nas redes sociais. Mas será que vale a pena?
O padrão de beleza e a influência das redes sociais
Com o advento das redes sociais e o culto à imagem, rostos perfeitamente simétricos e corpos esculpidos tornaram-se quase uma exigência. Aplicativos de edição e filtros criaram uma realidade paralela onde a perfeição parece acessível, o que aumenta a pressão para reproduzir essa imagem na vida real. De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), a procura por procedimentos estéticos aumentou cerca de 30% nos últimos cinco anos, com destaque para intervenções como rinoplastia, lipoaspiração e harmonização facial.
Procedimentos mais procurados por homens e mulheres
Entre as mulheres, os procedimentos mais populares incluem:
- Lipoaspiração e lipo HD para destacar contornos abdominais.
- Mamoplastia de aumento e lifting de mama, buscando formas mais volumosas ou firmes.
- Rinoplastia, para harmonização facial.
- Preenchimentos faciais, como ácido hialurônico, para corrigir rugas e criar um rosto mais simétrico.
Já entre os homens, cresce a busca por:
- Implantes peitorais e abdominais para ressaltar a musculatura.
- Redução de papada e harmonização facial, que criam linhas mais definidas.
- Transplantes capilares, para combater a calvície.
Vale a pena? Os benefícios e os riscos
Para muitos, os resultados positivos são inegáveis. Cirurgias plásticas podem restaurar a confiança e transformar aspectos do corpo que incomodavam há anos. “Quando feita por profissionais qualificados, a cirurgia pode ser libertadora”, afirma a cirurgiã plástica Fernanda Moraes.
No entanto, o desejo por uma beleza “perfeita” pode trazer riscos. Além das complicações físicas — como infecções, cicatrizes e insatisfações com os resultados —, há impactos psicológicos. A obsessão por cirurgias pode levar a transtornos como a dismorfia corporal, em que o indivíduo nunca se sente satisfeito com sua aparência. Especialistas recomendam que o paciente reflita sobre suas motivações antes de optar pela cirurgia. “Se a busca pela beleza for impulsionada pela pressão social ou baixa autoestima, a solução pode não estar no bisturi, mas em um acompanhamento psicológico”, alerta o psicólogo André Mendonça.
Alternativas e um novo olhar sobre a beleza
Embora os procedimentos estéticos tenham seu lugar, cresce o movimento que valoriza a diversidade e autenticidade na aparência. Modelos plus size, influenciadores que mostram o "lado real" da vida e campanhas de marcas inclusivas vêm desafiando padrões tradicionais de beleza. Para aqueles que desejam mudanças sutis, tratamentos não invasivos, como laser, botox e massagens modeladoras, têm ganhado espaço, oferecendo resultados menos drásticos com recuperação mais rápida.
Beleza é escolha
Em última análise, o conceito de beleza é subjetivo. Para alguns, procedimentos estéticos são investimentos pessoais valiosos. Para outros, aceitar as características únicas do próprio corpo é o caminho para a verdadeira autoestima. O mais importante é que cada escolha seja feita com segurança, informação e respeitando os limites individuais. Seja com ou sem cirurgias, a verdadeira beleza está em sentir-se bem consigo mesmo. Afinal, um rosto bonito é aquele que sorri com confiança.
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