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Domingo, 23 de Marco de 2025

Colunas/Sônia Hutterer

Psicóloga Sonia Hutterer. Refletindo - Leia: A Verdade que Liberta -

Esta coluna busca trazer reflexões sobre fatos do cotidiano

Psicóloga Sonia Hutterer. Refletindo - Leia: A Verdade que Liberta -
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A Verdade Que Liberta

Sonia Hutterer/ Psicóloga

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https://soniahutterer.blogspot.com

Caros amigos,

Atualmente fala-se muito sobre as notícias/fatos falsos - as famosas "fake news" como ficaram internacionalmente conhecidas - é a expressão da  moda. 

Quase em todas as nossas atividades diárias, quando interagimos com os outros, somos defrontados por essas "novidades" - não é à toa que a palavra em inglês para notícias é news (new é "novo" em inglês) pois sempre estamos em contato com coisas/notícias novas - novidades.

Assim, desde a conversa com o vizinho, com o porteiro do edifício onde moramos ou trabalhamos até a rede de notícias do rádio, da TV, da internet, estamos recebendo novas informações sobre o que ocorre em nossa volta e no mundo.

A maioria de nós consome essas informações de uma maneira automática e passiva - deste modo, praticamente, acreditamos em tudo o que nos é passado com sutis diferenças de discórdia.

Já que esse blog busca trazer reflexões também sobre fatos do cotidiano, por que não refletirmos a respeito de tudo o que ouvimos, vemos, sentimos?

Muitas vezes somos alertados a prestar atenção às fake news para não as compartilharmos - existe até um site "Boatos.org" que nos informa quais são ou não as tais de notícias falsas.

Muitos de nós ficamos aliviados quando em contato com um vídeo ou informação nova, checamos nesse tal site de boatos e descobrimos que aquele material é falso ou não.  Mas, reflitamos: se existe tanta notícia falsa quem garante que esse "Boatos.org" também, ao invés de cumprir fielmente o seu papel, nos informa erroneamente?

Afinal de contas, onde está a verdade?

Jesus nos trouxe uma reflexão em João 8:32: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!"

Então quer dizer que Jesus nos informou que se não sabemos a verdade, não estamos livres, somos prisioneiros? Prisioneiros de quem? Ou de quê?

Hoje resolvi escrever sobre esse tema porque, finalmente, acredito ter entendido essa afirmação do Mestre de Nazaré.

Em toda nova informação há prós e contras. A não ser que seja um fato comprovado, por exemplo o tsunami ocorrido na Indonésia em 2004 ou o furacão Katrina em New Orleans - EUA em 2005.  Não é porque somente  soubemos deles pelas notícias da TV, no jornal que eles realmente ocorreram - é porque são cataclismos da natureza que podem ser verificados in loco e filmados. Claro que para qualquer notícia na TV ou na Internet com imagem existe a possibilidade de fazer uma montagem - atualmente existem muitos recursos tecnológicos para simular situações que não são reais.  Entretanto, neste caso, o tempo dirimirá qualquer dúvida quanto à veracidade do evento.  Tanto no caso do tsunami quanto no caso do furacão, num primeiro momento alguns podem achar que se trata de uma notícia falsa e depois de um tempo, relativamente curto (hoje tudo é praticamente noticiado em tempo real), constata-se que o fato é verdadeiro.  

No caso do atentado em 11.09.2001(difícil esquecer essa data pois a mídia nos lembra dela muitas vezes em várias ocasiões) aos EUA, lembro-me de estar em casa lendo e minha irmã me ligou pedindo que eu ligasse a TV.  Ela disse: "Os Estados Unidos estão  acabando." Quando liguei a TV e vi os dois aviões batendo no WTC (World Trade Center) não acreditei, pensei que era uma piada - aí conforme fui assistindo vi que era real.

Agora peguemos uma notícia mais abstrata, tipo um golpe de estado num país qualquer - mesmo que a notícia pareça neutra, imparcial, há sempre uma tendência para se escolher um lado.  Mesmo pessoas que estão morando nesse país podem não estar certas da veracidade de certos fatos, principalmente se não estiverem familiarizadas com a constituição do país.

Muitas pessoas na filosofia, na religião, na ciência e na política se atém ferozmente a certos parâmetros da verdade e fazem com que suas vidas pareçam um campo de batalha atroz, com a desculpa de defendê-la (a verdade), mas esses não passam de prisioneiros de seus "pontos de vista".

Então como saber a verdade?

Eu acredito que, a respeito de muitos assuntos, não saberemos a verdade.

A verdade a que Jesus se referia diz respeito ao nosso livre-arbítrio e esse só pode ser exercido conscientemente, levando em conta a harmonia do ambiente. Cada um de nós possui sua verdade individual.  Quando meu livre-arbítrio invade a vida dos outros desequilibrando-a, esse mesmo ato também desequilibra minha própria vida e então me torno prisioneira das consequências do mesmo.  Se, ao contrário, o uso do meu livre-arbítrio traz equilíbrio para meu entorno, a paz é preservada e me traz liberdade.

Assim, voltemos às notícias na TV ou na Internet - como separar a verdade da falsa notícia? Acredito que simplesmente raciocinando, usando o bom senso e nos perguntando: qual é o impacto dessa notícia em minha vida? O que farei com essa informação? Qual é a importância dela no meu dia-a-dia? Convenhamos que existem notícias que são praticamente "fofocas" e que não acrescentam em nada.  Assim, busquemos estar atentos ao que realmente faz a diferença em nossa vida.  Infelizmente, atualmente, como já mencionei, muitas pessoas são consumidoras vorazes de tudo - assistem tudo, leem tudo (ler é mais raro nos dias atuais...) - muitos acreditam que fazendo desse jeito estarão atualizados - existe o temor de ser "marginalizado" caso não se saiba o que ocorre no mundo (!)

Ao meu ver, a crença nas fake news ocorre porque há muita superficialidade nos dias de hoje - não há aprofundamento aonde precisaria haver. Por exemplo, no autoconhecimento - muitos conhecem tudo de informática, mas não conseguem enumerar três coisas de que gostam; muitos gostam do que a maioria gosta porque não sabem quem são.  Se não sei quem sou, se não sei quais são minhas crenças, minha verdade, corro o perigo de acreditar em tudo - assim, para saber se um fato é verdadeiro, há que se fazer muita pesquisa - não basta clicar em "Boatos.org" - a Internet é cheia de recursos para você fazer sua própria pesquisa.  Pesquisar é aprofundar-se naquilo que você quer saber e quando você não quer se aprofundar num assunto é porque você não quer saber e se você não quer saber não é importante para você. E tudo bem.  A verdade só aparece para aquele que busca.

Quando me referi aos "prisioneiros dos pontos de vista" quis dizer que estes, praticamente não possuem a "mente aberta", não aceitam opiniões diferentes das deles, vivem como se estivessem num circuito fechado/numa bolha, não vislumbram consequências futuras dos fatos. Não se aprofundam nas suas ditas verdades.

Enfim, estas são as verdades incontestáveis : somos humanos, vivemos num maravilhoso planeta chamado Terra e devemos fazer do nosso dia-a-dia, de nossa vida, uma busca incessante da verdade que nos liberta para trazer ao mundo que nos cerca harmonia e equilíbrio.  Na minha opinião, essa é a verdade a qual deveríamos nos ater, a qual  vale a pena buscar - o resto é superficial.

Você conhece a sua verdade?

Boa semana a todos!

FONTE/CRÉDITOS: CSN - Central Sul de Notícias
Comentários:
Sonia Hutterer - Psicóloga

Publicado por:

Sonia Hutterer - Psicóloga

- " Sônia Hutterer, Psicóloga Clínica Junguiana e Radiestesista Terapêutica. Residente em Curitiba-PR - Como observadora do cotidiano, mantenho desde 2020 o Blog "Refletindo", onde escrevo sobre: Hábitos - Livros - Filmes e Cultura em Geral" -...

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