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Quinta-feira, 10 de Julho de 2025

Colunas/Sônia Hutterer

Refletindo - "MISSÃO: (QUASE) IMPOSSÍVEL"

Reflexões causadas por livros, filmes, textos e fatos do cotidiano

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CSN - Central Sul de Notícias - colunista Sônia Hutterer /psicóloga - https://soniahutterer.blogspot.com 

Caros leitores,

Domingo passado fomos assistir no cinema "Missão Impossível - O Acerto Final".  Sempre fomos fãs dessa franquia, assistimos a todos os filmes da mesma - gostamos da aventura; das cenas de ação, as quais não são apenas do tipo "tiro, porrada e bomba", elas têm um motivo e uma coreografia pontual; do suspense, embora o enredo muitas vezes deixe a desejar.  Para nós, meu marido e eu, é um bom entretenimento com pouca reflexão e com tempo de curto prazo na memória.

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Mas, nos surpreendemos nesse episódio - o enredo é bom, as cenas de ação com tiros, facadas e socos são poucas, o suspense é irritante, mas bom e embora fiquemos com o coração na mão em algumas cenas, sabemos que nada acontece ao protagonista - Ethan Hunt, vivido na tela por Tom Cruise - ele não pode morrer, pois se isto ocorre a série acaba, ou escolhem outro ator para personificá-lo (entretanto, o público não tem fácil aceitação dessa substituição - vide os inúmeros James Bonds...).

O que mais nos atraiu na história foi a mensagem (as falas finais) e a sincronicidade com os acontecimentos que temos vivenciado no planeta atualmente.

Na história Ethan Hunt é "escalado" para uma (quase) impossível missão de salvar o planeta - tendo em mente que caso ele não sobreviva à dita missão e ela consiga ser levada adiante, ele salvará a humanidade da quase sem fim escravatura que existe há milhares de anos no mundo.  Praticamente é uma missão altruísta e que  ele terá a coragem de aceitá-la.

Para melhor entendimento da história, precisamos entender um pouco sobre Inconsciente Coletivo.  Este é um termo criado pelo psiquiatra suíço C.G.Jung para representar o depósito psicológico de todas as experiências da humanidade. "O inconsciente coletivo contém toda a herança espiritual da evolução da humanidade, nascida novamente na estrutura cerebral de cada indivíduo." ("Léxico Junguiano" de Daryl Sharp).

No filme em questão o personagem chamado de Entidade é uma IA (Inteligência Artificial) que contém todas as informações da humanidade e com isso pretende organizar, planejar e sistematizar a vida de todos na Terra. (Isso nos lembra algo?) Ou seja, ela, a Entidade, é o Inconsciente Coletivo.

Uma das informações mais importantes deste Inconsciente Coletivo é a afirmação de que Jesus Cristo veio à Terra para fazer com que se cumprissem as profecias.  Daí que se costuma afirmar: assim está escrito. Em realidade, muitos acreditam o oposto - eu sou um deles - que, se existe uma profecia, a ideia, dependendo da profecia ou da previsão, como queiram chamar, é não cumpri-la e até mesmo tentar "escapar" da mesma.  Por exemplo: se alguém teve uma visão, previsão, profecia de que ocorreria uma catástrofe tipo um terremoto ou tsunami em um dado lugar, numa data específica, este lugar deveria ser evitado ou até evacuado para evitar danos e perdas irreparáveis.

Sempre me perguntei porque Jesus tinha que "seguir" as profecias.

Mas, observemos que Jesus para cumprir as profecias entrou em Jerusalém montado num burro (as profecias diziam que o Messias entraria em Jerusalém montado num burro) - muitos historiadores afirmam que ele fez isso para que todos o aceitassem e acreditassem que ele era o Messias esperado  preconizado pelas profecias.  Mas será que Jesus fez isso mesmo? A pergunta que faço para reflexão é a seguinte: Jesus tinha realmente a intenção de que todos acreditassem que ele era o Messias esperado? Será que ele se preocupava com isso? Ele acreditava que ele era o Messias? Eu penso que não. Como cumprir as profecias sem analisar a conveniência do seu cumprimento?

Mas voltemos ao filme. Um dos personagens afirma várias vezes: nada está escrito. A Entidade processa todos os DADOS.  Observar que os Dados pertencem ao passado. Sempre. O processamento de dados ou seja a combinação deles entre si de todas as maneiras possíveis cria um círculo vicioso.  É a combinação de tudo que está escrito.

Deepak Chopra, conhecido médico ayurvédico, comenta em sua meditação dirigida que o objetivo da meditação é superar o Inconsciente Coletivo.

A meditação competente cria o vazio.  Um professor nos tempos da faculdade dizia: "O importante é dar um passo sobre o vazio e uma vez feito isso, o próprio passo sobre o vazio cria o próprio chão." Ou seja, ao meu ver, ir para onde nada está escrito.

Outras ideias do filme falam de nossas vidas e nossas escolhas: "Nossas vidas são definidas por nenhuma das ações.  Nossa vida é a soma de nossas ações.  Tudo o que você foi, tudo o que você fez resultou no seu presente momento".

Eu acredito que a vida é feita de escolhas e cada uma delas traça nosso destino - nada está escrito - pois se estivesse o livre arbítrio seria uma ilusão...

No final do filme, depois de muitas lutas, sacrifícios, percalços, um dos personagens diz para Ethan Hunt: "Você sempre dá um jeito!"

Que tal colocar Ethan Hunt para presidente do Brasil em 2026? Será que ele daria um jeito?

Boa reflexão!

FONTE/CRÉDITOS: CSN - Central Sul de Notícias - colunista Sônia Hutterer
Comentários:
Sonia Hutterer - Psicóloga

Publicado por:

Sonia Hutterer - Psicóloga

- " Sônia Hutterer, Psicóloga Clínica Junguiana e Radiestesista Terapêutica. Residente em Curitiba-PR - Como observadora do cotidiano, mantenho desde 2020 o Blog "Refletindo", onde escrevo sobre: Hábitos - Livros - Filmes e Cultura em Geral" -...

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