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Quinta-feira, 10 de Julho de 2025

Colunas/Sônia Hutterer

Refletindo - VOCÊ É UM SER ÚNICO

Reflexões causadas por livros, filmes, textos, fatos do cotidiano.

Refletindo - VOCÊ É UM SER ÚNICO
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CSN -central sul de noticias 

 Amigos,

Hoje voltaremos ao livro de Jordan Peterson "Doze Regras para a Vida".  Regra quatro: "Compare-se com o que você era, não com o que outro alguém é hoje."

Em nosso dia-a-dia, muitas pessoas têm a tendência a se comparar com os outros, e, eu diria, principalmente aquelas que tem uma baixa autoestima.  Todos nós vivemos numa sociedade competitiva e, desde pequenos fomos criados nesse clima - se temos irmãos ou irmãs essa ideia começa em casa e, se somos filhos únicos, na escola enfrentamos essa situação não só em sala de aula, mas também nos esportes ou na artes.  Aqueles que não têm tino esportivo e nem pecha para a arte podem se deparar com competições de matemática, ciências, inglês.  Contudo, outras pessoas podem se dar bem quando crianças/adolescentes por já reconhecerem em si qualidades próprias. 

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Entretanto, se você não faz parte desse último grupo, esse texto/essa regra pode auxiliá-lo.

Assim, se você não é mais criança nem adolescente, você construiu uma personalidade única.  Como portador de uma personalidade única, você sabe que não precisa se comparar com ninguém - mas, (sempre há um mas...) na vida em sociedade aparecem aquelas criaturas que trabalham na mesma área que você, mas têm maneiras de trabalhar diferentes das suas.  Nesse sentido podem surgir em sua mente algumas comparações - tipo: "Puxa, ele não faz como eu!", "Ele deve ganhar mais do que eu, em vista de todos os bens que ele possui." "Ele parece mais feliz em seu trabalho do que eu no meu."  E muitas outras ideias similares.

Jordan Peterson sugere: "Seja cauteloso quando você se comparar com os outros.  Você é um ser único, uma vez que você já é um adulto.  Você tem seus próprios problemas - financeiros, íntimos, psicológicos e outros.  Esses fazem parte intrínseca de sua existência.  Sua carreira ou seu trabalho funciona para você de uma maneira pessoal, ou não, ou faz uma interface com outras especificidades de sua vida.  Você deve decidir quanto tempo dispende com isso e aquilo.  Você deve decidir o que deixar ir, e o que manter."

 Quando nos comparamos com nós mesmos, de como éramos no passado e como somos hoje, temos que levar em consideração nossa jornada: a família que construímos ou não, nossa profissão, medir nosso sucesso e/ou fracasso por nossas escolhas. 

Quando somos jovens, muitas vezes temos mais dificuldade de termos escolhas próprias - nossos pais, nossos professores, nossos colegas, parentes e amigos nos levam a determinada direção e, de repente, estamos na faculdade, nos formamos, começamos a trabalhar nesse campo e nem nos damos conta se gostamos ou não ou se era isso que queríamos.

Algumas vezes olhamos além de nós e visualizamos outras frentes de trabalho, outras coisas que gostaríamos de fazer e pensamos: "Puxa, agora já estou velho..." ou "Bem agora já estou estabelecido no meu trabalho e não posso simplesmente jogar tudo para o alto, posso?"

Na minha opinião, sugiro que você olhe um pouco para trás e busque em sua linha do tempo, refazer seus passos e entender o porquê você chegou onde chegou.  Cada um de nós pode ter deixado para trás alguns sonhos e, a maioria deles pode ser realizada agora.  Entretanto também podem ter existido sonhos do passado que não te interessam mais.

Como foi dito anteriormente, quando crianças ou adolescentes, quando nos comparamos com os outros, queremos ser ou ter inúmeras coisas - afinal de contas, ainda estamos "escolhendo" o que queremos ser.  Assim, se na vida adulta quisermos mudar de profissão, de área de trabalho, basta colocarmos nossa vontade e disciplina para fazer a mudança.

Em minha vida caminhei por diversas atividades.  Meu pai queria que eu trabalhasse com carteira assinada/cartão de ponto, assim como ele em seu trabalho - talvez ele achasse ter mais segurança financeira.  Assim, fiz curso de secretariado no lugar do colegial (hoje ensino médio profissionalizante) e fui trabalhar como secretária.  Enquanto trabalhava fiz faculdade de Língua e Literatura Inglesas à noite, pois sempre gostei de inglês e tinha facilidade.  Em seguida, tornei-me secretária executiva bilíngue e trabalhei nessa função em algumas empresas multinacionais.  Mas eu não estava feliz - aos 30 anos desisti desse trabalho.  Um casal de amigos que davam aulas de inglês resolveram ir embora do país e me passaram todos os alunos; então fui dar aulas particulares de inglês, também em algumas multinacionais.

Lembro-me de que poucas vezes na vida comparei-me com alguém (talvez, um pouco na adolescência). Apenas fui abrindo os olhos para o que existia à minha volta e fui aproveitando as oportunidades que a vida me apresentava.  Enquanto dava aulas de inglês, resolvi voltar para a faculdade.  Aos 37 anos comecei a cursar psicologia.  Dava aulas à tarde e à noite e, de manhã ia para a faculdade.  No terceiro ano, reencontrei um amigo do passado que se tornou meu marido.  O curso de psicologia acabou em 2000 e de lá para cá trabalho como psicóloga clínica.  Sinto-me feliz e bem realizada.

Aí, o resto você já sabem - veio a pandemia e eu virei "blogueira" - escrever um texto por semana tem se tornado um grande desafio e responsabilidade que me impus para refletir e de quebra, auxiliar outras pessoas a também fazerem suas reflexões.

Hoje, olho para trás e me considero uma vencedora - ainda tenho alguns sonhos e planos para meu futuro - pois a vida não vai parar para mim nem quando eu for para outra dimensão.

Para voltar ao tema da quarta regra, gostaria de frisar que quando nos comparamos com o que fomos e o que somos hoje, deveríamos nos sentir realizados com tudo o que aprendemos - claro, existem pessoas que talvez possam se sentir frustradas, mas acredito que a frustração advém, na maioria das vezes, quando nos comparamos com os outros.  Ainda dá tempo de mudar e fazer novas escolhas - não há limites para o aprendizado e como diz o ditado "Querer é Poder".  Lance mão de sua vontade e lembre-se da primeira regra de Jordan Peterson: "Mantenha-se ereto - com os ombros para trás e as costas retas" e avante!

Eu termino o texto de hoje, naturalmente, com uma ideia de Jordan Peterson, a qual concordo plenamente:  "...são suas ações que mais acuradamente refletem suas crenças mais profundas - aquelas que estão implícitas, embasadas no seu ser, sob suas apreensões conscientes e atitudes e no nível superficial de seu autoconhecimento.  Você só pode saber/conhecer em que você realmente acredita (ao invés do que você acha que acredita) apenas observando como você age.  Você simplesmente não sabe em que acredita antes disso.  Você é muito complexo para se entender."

Para entender perfeitamente o que ele quer dizer só lendo o livro.  Mas, resumindo, atente para quem é você realmente:  o que você pensa, o que você faz, o que você sente - é o melhor caminho para o autoconhecimento e consequentemente, para o crescimento pessoal!

Para a reflexão de hoje, pergunto:  você sente-se bem pelo que você é hoje?

FONTE/CRÉDITOS: CSN - soniahutterer.blogspot.com
Comentários:
Sonia Hutterer - Psicóloga

Publicado por:

Sonia Hutterer - Psicóloga

- " Sônia Hutterer, Psicóloga Clínica Junguiana e Radiestesista Terapêutica. Residente em Curitiba-PR - Como observadora do cotidiano, mantenho desde 2020 o Blog "Refletindo", onde escrevo sobre: Hábitos - Livros - Filmes e Cultura em Geral" -...

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