CSN - Central Sul de Notícias - Lide Multimídia
O estresse no ambiente de trabalho tem se tornado um dos maiores desafios para empresas em todo o mundo. No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% dos trabalhadores sofrem com sintomas de estresse crônico, enquanto a International Stress Management Association (ISMA-BR) aponta que 32% dos profissionais brasileiros sofrem de burnout, síndrome caracterizada pelo esgotamento extremo devido ao trabalho. Diante desse cenário preocupante, uma nova normativa entra em vigor a partir de maio deste ano, exigindo que empresas adotem medidas efetivas para identificar, prevenir e tratar transtornos mentais relacionados ao trabalho.
O estresse excessivo pode desencadear uma série de problemas físicos e emocionais, como insônia, ansiedade, depressão, aumento da pressão arterial e doenças cardiovasculares. Além dos impactos diretos na saúde dos colaboradores, os efeitos na produtividade são significativos: faltas frequentes, alta rotatividade e queda no desempenho tornam-se comuns em ambientes onde o estresse não é gerenciado de maneira adequada.
Além disso, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que o trabalho excessivo e a pressão constante aumentam o risco de afastamentos por doenças psicológicas em até 300%. Esse dado reforça a urgência de ações estratégicas para lidar com a saúde mental dentro das empresas.
Diante da nova regulamentação, empresas precisam se preparar para atender aos requisitos legais e criar um ambiente mais saudável para seus colaboradores. Segundo a psicóloga Mariana Stachiu, especialista em comportamento humano e liderança, muitas empresas ainda subestimam o impacto do estresse na rotina dos colaboradores. "O ambiente de trabalho pode ser tanto um fator de proteção quanto um gatilho para transtornos emocionais. Empresas que negligenciam essa questão acabam sofrendo com baixa produtividade e conflitos internos. O ideal é agir preventivamente, capacitando gestores e oferecendo suporte adequado aos funcionários", explica Mariana.
Comentários: