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Da Redação
A falta de manutenção adequada em condomínios tem se tornado um problema crescente em diversas cidades brasileiras, impactando diretamente o valor patrimonial dos imóveis. Proprietários e moradores que negligenciam cuidados essenciais, como reparos estruturais, conservação de áreas comuns e manutenção de sistemas de segurança, acabam enfrentando uma desvalorização progressiva de suas unidades, além de potenciais riscos à segurança e qualidade de vida.
Especialistas do mercado imobiliário alertam que a falta de manutenção preventiva pode gerar prejuízos financeiros consideráveis. Segundo estimativas, um imóvel em um condomínio com falhas de conservação pode desvalorizar até 20% em comparação com unidades em edificações bem cuidadas. Além disso, a depreciação não se limita à aparência, mas afeta também aspectos mais profundos, como segurança e durabilidade das estruturas.
Impactos estruturais e financeiros
Problemas comuns, como infiltrações, rachaduras em paredes, desgaste de pinturas e revestimentos, elevadores desatualizados e falhas em sistemas hidráulicos ou elétricos, tendem a se agravar ao longo do tempo quando não recebem o devido cuidado. Pequenos problemas que poderiam ser solucionados com reparos simples se transformam em grandes obras, gerando custos mais altos e, em muitos casos, obrigando os moradores a arcarem com altas taxas extras ou fundos de reserva.
A falta de manutenção também compromete a infraestrutura das áreas comuns, como piscinas, academias, garagens e jardins, que são diferenciais valorizados no mercado. Quando esses espaços não são adequadamente preservados, o interesse de possíveis compradores ou locatários diminui, dificultando a comercialização ou locação das unidades.
Desvalorização e perda de competitividade no mercado
Para os investidores, a situação é ainda mais preocupante. Imóveis em condomínios sem manutenção perdem competitividade no mercado imobiliário, uma vez que os compradores buscam imóveis que não gerem gastos extras ou surpresas com reparos imediatos. Além disso, em regiões onde há muitas opções de imóveis disponíveis, a preferência sempre será por condomínios bem cuidados e com boa infraestrutura.
Segundo Flávio Santos, consultor imobiliário, “a falta de manutenção pode transformar o imóvel em um passivo ao invés de um ativo. As pessoas compram imóveis como uma forma de investimento ou moradia, e a falta de zelo em manter o patrimônio valorizado pode significar prejuízos a médio e longo prazo”.
Soluções e conscientização
A conscientização dos moradores e síndicos sobre a importância de uma gestão preventiva é fundamental. Muitos condomínios ainda adotam uma postura reativa, onde só se investe em manutenção quando o problema já está evidente, o que acaba por gerar maiores custos e transtornos para todos os envolvidos. Uma gestão preventiva, por outro lado, antecipa possíveis problemas e mantém a saúde do condomínio em dia.
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