Segue o texto revisado, com ajustes gramaticais, de clareza e coesão:
CSN – Central Sul de Notícias
Da Redação – Jornalista Douglas de Souza
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aproveitou um evento em Brasília (02/12), onde recebeu o título de Cidadão Honorário, para fazer duras críticas à capital paranaense. “Curitiba ficou afamada devido à atuação do senador e ex-juiz Sérgio Moro (União-PR) e da força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato”, declarou.
Gilmar Mendes não esconde a mágoa por ser visto, por grande parte dos eleitores curitibanos, como uma "persona non grata". Em diversos discursos, tanto no plenário do STF quanto em eventos pelo país, o ministro já manifestou descontentamento com os rumos da política paranaense, incluindo a eleição de Moro ao Senado e as críticas direcionadas a ele e seus pares pelo fim da Lava Jato.
O eleitorado curitibano, por sua vez, expressou sua posição nas urnas em 2022, votando majoritariamente no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e demonstrando discordância com decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do STF, como o encerramento da Operação Lava Jato e a anulação da condenação de 12 anos do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lhe permitiu concorrer à Presidência.
Outro reflexo da postura do eleitorado foi a eleição de Sérgio Moro como senador da República. Apesar de ter entrado na disputa nos últimos momentos, Moro venceu o ex-senador Álvaro Dias (PODE), então favorito, em uma demonstração de reconhecimento pelos serviços prestados na Lava Jato. Essa escolha popular ainda incomoda o ministro Gilmar Mendes.
O trabalho do Ministério Público do Paraná, liderado pelo ex-procurador Deltan Dallagnol, também foi exaltado por muitos paranaenses. Dallagnol, que concorreu nas eleições de 2022 e foi eleito deputado federal pelo Podemos, liderou processos que resultaram em provas substanciais contra políticos e empresários corruptos. Muitos réus confessaram crimes e devolveram milhões de reais aos cofres públicos, oriundos de favorecimentos, compra de votos e licitações fraudulentas.
Contudo, em uma decisão controversa, o TSE cassou a candidatura de Dallagnol, sob o argumento de que ele havia solicitado exoneração do cargo de procurador da República enquanto ainda havia reclamações disciplinares, sindicâncias, pedidos de providências e Processos Administrativos Disciplinares (PAD) pendentes.
Gilmar Mendes parece demonstrar certo desconhecimento sobre a cultura e as prioridades do povo paranaense. Isolado no plenário do STF, é compreensível que exista um distanciamento entre o ministro e a realidade local. Entretanto, o "notório saber jurídico" de Gilmar Mendes ainda parece insuficiente para interpretar de maneira justa as decisões democráticas tomadas pelos paranaenses, que visam um futuro melhor para as próximas gerações.
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