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Quarta-feira, 19 de Marco de 2025

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Groenlândia. Donald Trump quer tomar posse e desbancar a Dinamarca

A Groenlândia está situada entre o Oceano Atlântico e o Ártico, o que a torna uma posição estratégica para operações militares e comerciais.

Groenlândia. Donald Trump quer tomar posse e desbancar a Dinamarca
Foto: Google Earth
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CSN - Central Sul de Notícias

Da Redação

A Groenlândia, a maior ilha do mundo, voltou ao centro das atenções internacionais quando, em 2019, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou interesse em comprá-la. Embora a proposta tenha sido inicialmente encarada com incredulidade e até humor, a questão levanta pontos estratégicos importantes que explicam por que a Groenlândia é alvo de interesse geopolítico.

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Eleito em 2024, o presidente americano afirma que não desisitu do objetivo e que vai transformar a Groelândia em um território americano. Não respeitando, com isso, o Reino da Dinamarca, prorietária da ilha.


1. A localização estratégica da Groenlândia

A Groenlândia está situada entre o Oceano Atlântico e o Ártico, o que a torna uma posição estratégica para operações militares e comerciais. Durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, os EUA estabeleceram bases na ilha, como a Base Aérea de Thule, para monitoramento e defesa no Ártico.

Com o degelo polar causado pelas mudanças climáticas, novas rotas marítimas estão se abrindo no Ártico, reduzindo o tempo de transporte entre continentes e aumentando a importância da região para o comércio global. Ter influência na Groenlândia oferece uma vantagem estratégica significativa para qualquer potência global.

2. Recursos naturais abundantes

A Groenlândia possui vastas reservas de recursos naturais, incluindo petróleo, gás natural, urânio e minerais raros. Com o aquecimento global, a exploração desses recursos está se tornando mais viável. Os minerais raros, em particular, são essenciais para a produção de tecnologia avançada, como smartphones, baterias de carros elétricos e sistemas militares, o que torna a ilha um ativo valioso em um mercado global competitivo.

3. Competição com a China e a Rússia

Nos últimos anos, a Rússia e a China têm ampliado sua presença no Ártico. A China, em particular, mostrou interesse em investir na infraestrutura da Groenlândia, como portos e aeroportos, o que levantou preocupações no Ocidente sobre o aumento da influência chinesa na região.

Os Estados Unidos, buscando conter essa expansão, veem a Groenlândia como uma peça-chave para manter sua liderança no Ártico. A ideia de adquirir a ilha seria uma forma de garantir controle direto sobre essa região estratégica.

4. Autonomia da Groenlândia e laços com a Dinamarca

Embora a Groenlândia seja uma região autônoma pertencente ao Reino da Dinamarca, a ilha depende economicamente de subsídios dinamarqueses. Nos últimos anos, há um movimento crescente na Groenlândia em direção à independência, o que poderia abrir portas para alianças mais próximas com outras potências, como os EUA.

A proposta de Trump, embora rejeitada publicamente pela Dinamarca, trouxe à tona as complexas relações entre a Groenlândia, a Dinamarca e os interesses globais.

Reação global e impactos

A ideia de comprar a Groenlândia foi amplamente ridicularizada por líderes globais e pela mídia. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, chamou a proposta de "absurda", o que levou Trump a cancelar uma visita oficial à Dinamarca. Apesar disso, o episódio destacou a crescente importância do Ártico na geopolítica moderna.

O interesse dos EUA na Groenlândia não é novo e certamente não desaparecerá. Com o Ártico emergindo como uma nova fronteira econômica e estratégica, a ilha continuará sendo um ponto focal para disputas entre grandes potências.

Embora a proposta de Trump tenha gerado polêmica, ela é um reflexo da importância crescente da Groenlândia no cenário global. Sua localização estratégica, recursos naturais e papel no Ártico a tornam uma peça essencial no tabuleiro geopolítico, atraindo atenção de líderes que visam garantir vantagens econômicas e militares no futuro.

FONTE/CRÉDITOS: CSN - Central Sul de Notícias
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