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Da Redação
A inflação voltou a pesar no bolso dos brasileiros, e as hortaliças estão no topo da lista de produtos que mais sofreram com o aumento de preços. Nos supermercados e feiras, itens básicos como alface, tomate e cenoura registraram altas expressivas, preocupando consumidores e pressionando o orçamento das famílias.
Segundo dados recentes de institutos de pesquisa econômica, o preço médio das hortaliças subiu cerca de 20% nos últimos três meses, com alguns produtos apresentando elevações ainda mais significativas. O tomate, por exemplo, chegou a dobrar de preço em determinadas regiões, enquanto a cenoura e a batata também acumulam altas superiores a 30%.
Por que os preços dispararam?
A inflação nas hortaliças é resultado de uma combinação de fatores. Condições climáticas adversas, como excesso de chuvas ou períodos de seca, prejudicaram as colheitas em várias regiões do país, reduzindo a oferta. Além disso, o aumento nos custos de insumos agrícolas, como fertilizantes e combustíveis, impactou diretamente o preço final dos produtos.
Outro fator que agrava a situação é a logística. Com os combustíveis mais caros, o transporte das hortaliças das áreas rurais até os centros urbanos se torna mais oneroso, o que acaba sendo repassado ao consumidor.
Impacto no consumidor e nas feiras livres
Nas feiras livres e mercados populares, a percepção é de que os preços estão cada vez mais salgados. Dona Maria Aparecida, aposentada que faz compras semanalmente em uma feira de São Paulo, relata que precisou reduzir a quantidade de itens na cesta.
"Eu sempre comprava alface, tomate, cebola e cenoura. Agora, preciso escolher um ou dois porque não dá para levar tudo. Está difícil", lamenta.
Os feirantes também sentem o impacto. Carlos Alberto, que vende hortaliças há 15 anos, explica que, além de enfrentarem a resistência dos clientes em pagar mais caro, eles próprios estão pagando mais pelos produtos que compram no atacado. "Tem semana que quase não sobra lucro. A gente entende que o cliente reclama, mas o preço que chega para nós também está nas alturas."
Alternativas e soluções
Especialistas recomendam que os consumidores busquem alternativas para economizar, como substituir hortaliças mais caras por outras mais acessíveis ou comprar diretamente de produtores locais, onde os preços tendem a ser mais baixos. Outra dica é aproveitar ofertas e promoções em grandes redes de supermercado, que costumam ter maior poder de negociação com fornecedores.
Enquanto isso, o governo discute possíveis medidas para aliviar os custos de produção, como subsídios para fertilizantes e incentivos à agricultura familiar. No entanto, os resultados dessas políticas devem levar algum tempo para serem percebidos pelo consumidor final.
A disparada nos preços das hortaliças é mais um lembrete do impacto da inflação no dia a dia das famílias brasileiras, que já enfrentam desafios para equilibrar o orçamento em meio à alta de outros itens essenciais. A expectativa agora é por uma melhora nas condições climáticas e nos custos de produção, para que o setor possa voltar à normalidade.
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