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Domingo, 09 de Novembro de 2025

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Incontinência urinária cresce entre homens e mulheres de todas as idades

Médicos, fisioterapeutas e urologistas alertam para uma epidemia silenciosa, impulsionada por múltiplos fatores: sedentarismo, obesidade, cirurgias ginecológicas ou prostáticas, gestação, distúrbios neurológicos, e até estresse psicológico.

Incontinência urinária cresce entre homens e mulheres de todas as idades
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Central Sul de Notícias - Reportagem Especial

Da Redação

A incontinência urinária, condição caracterizada pela perda involuntária de urina, tem deixado de ser um tabu apenas entre idosos e passou a atingir um número crescente de homens e mulheres de todas as faixas etárias. Médicos, fisioterapeutas e urologistas alertam para uma epidemia silenciosa, impulsionada por múltiplos fatores: sedentarismo, obesidade, cirurgias ginecológicas ou prostáticas, gestação, distúrbios neurológicos, e até estresse psicológico.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com algum grau de incontinência, mas menos de 30% procuram ajuda médica, muitas vezes por vergonha ou desconhecimento.

 O que é incontinência urinária?

É a perda involuntária de urina. Pode ocorrer em pequenas ou grandes quantidades e de forma ocasional ou frequente. Existem vários tipos:

  • De esforço: quando há perda ao tossir, espirrar, rir ou levantar peso.

  • De urgência: quando há vontade súbita e incontrolável de urinar.

  • Mista: combinação dos dois tipos anteriores.

  • Por transbordamento: quando a bexiga não esvazia completamente.

  • Funcional: quando fatores físicos ou cognitivos impedem a pessoa de ir ao banheiro.

 Por que o problema está crescendo?

Os especialistas apontam cinco fatores principais para o aumento:

  1. Envelhecimento da população: com o aumento da expectativa de vida, cresce também a incidência de disfunções do assoalho pélvico.

  2. Obesidade e sedentarismo: o excesso de peso enfraquece os músculos pélvicos, que sustentam a bexiga.

  3. Gravidez e parto normal: são causas comuns entre mulheres jovens.

  4. Procedimentos cirúrgicos e radioterapia: especialmente em casos de câncer de próstata ou ginecológicos.

  5. Estresse e ansiedade: impactam o sistema nervoso e o controle da micção.

Atinge mais mulheres, mas cresce entre os homens

Historicamente, a incontinência é mais prevalente entre mulheres, principalmente devido à gravidez, ao parto e à menopausa. No entanto, os casos em homens estão crescendo, principalmente entre os que passaram por cirurgias de próstata ou têm doenças neurológicas como Parkinson ou esclerose múltipla.

  • Em mulheres, 1 em cada 3 apresenta algum grau após os 40 anos.

  • Entre os homens com mais de 60 anos, 15% a 20% relatam sintomas urinários.

Diagnóstico e tratamentos

O diagnóstico é clínico, feito com base em histórico médico, exame físico e, se necessário, exames complementares como urofluxometria, cistoscopia e ultrassom do trato urinário.

O tratamento depende da causa e do tipo de incontinência. Pode incluir:

  • Fisioterapia pélvica (exercícios de Kegel)

  • Medicamentos antimuscarínicos ou betagonistas

  • Cirurgias (como sling ou esfíncter artificial)

  • Modificações comportamentais (perda de peso, reduzir cafeína e álcool)

  • Terapias minimamente invasivas, como aplicação de toxina botulínica na bexiga

 Impacto na vida pessoal e profissional

A condição afeta gravemente a autoestima, a sexualidade e a vida social. Muitos evitam sair de casa por medo de “acidentes” em público. Casos graves podem levar ao isolamento e até à depressão.

"Recebo jovens de 20, 30 anos com incontinência por ansiedade ou pós-parto. Isso está se tornando comum. Precisamos falar sobre o tema sem tabus", afirma a fisioterapeuta pélvica Carla Medeiros, de São Paulo.

Prevenção é possível

Algumas medidas simples podem ajudar a prevenir ou adiar o aparecimento da incontinência:

  • Evitar sobrepeso

  • Praticar exercícios físicos regulares

  • Fortalecer o assoalho pélvico com orientação

  • Evitar segurar a urina por muito tempo

  • Manter boa hidratação

  • Fazer acompanhamento urológico e ginecológico regular

Precisamos quebrar o silêncio

A incontinência urinária ainda é um tabu social, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento. Com a informação correta e acompanhamento adequado, a maioria dos casos pode ser controlada ou até curada.

Para quem convive com esse problema, a principal mensagem é: não tenha vergonha de procurar ajuda. O tratamento existe e pode devolver a liberdade e qualidade de vida.

FONTE/CRÉDITOS: CSN - Central Sul de Notícias
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