CSN - Central Sul de Notícias - Reportagem Especial - jornalista Douglas de Souza
Da Redação
Com o aquecimento do mercado imobiliário e a profissionalização do setor, cresce também a procura por cursos de formação para corretores de imóveis. Escolas especializadas registram aumento nas matrículas, impulsionadas por pessoas que buscam uma nova carreira ou desejam se recolocar no mercado com uma atividade de alta autonomia e possibilidade de ganhos atrativos.
Segundo entidades do setor, a demanda por profissionais credenciados aumentou nos últimos anos, especialmente após a digitalização das vendas e a expansão de empreendimentos em cidades médias e regiões metropolitanas. “Hoje, o corretor precisa ser mais do que um vendedor. Ele atua como consultor, conhece tendências de mercado, legislação e técnicas de negociação”, afirma um especialista do segmento.
Formação é obrigatória
Para atuar legalmente, o profissional precisa concluir um curso técnico ou superior em Transações Imobiliárias e obter registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI). A carga horária varia, mas os cursos incluem conteúdos como legislação imobiliária, marketing, administração de vendas, documentação de imóveis e ética profissional.
O que observar ao escolher uma escola
Quem deseja ingressar na profissão deve estar atento a alguns fatores na hora de escolher a instituição de ensino:
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Credenciamento reconhecido pelo CRECI – Apenas cursos autorizados garantem o registro profissional.
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Conteúdo atualizado – A legislação imobiliária sofre alterações constantes, e o curso precisa refletir essas mudanças.
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Formação prática – Simulações de negociação, análise de contratos e noções de mercado são diferenciais.
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Apoio pós-formação – Escolas que oferecem parcerias com imobiliárias e orientação de carreira facilitam o início no mercado.
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Integração com o universo digital – O corretor moderno precisa dominar ferramentas online, CRM e estratégias de captação digital.
Nova geração de corretores é mais conectada
A chegada de novos profissionais, muitos deles vindos de outras áreas, tem modificado o perfil do corretor de imóveis. Mais conectado, esse novo corretor utiliza redes sociais, vídeos e atendimento personalizado para atrair clientes. Plataformas digitais também favorecem a atuação autônoma, permitindo que o profissional gerencie sua carteira com mais independência.
Carreira com forte potencial de crescimento
Comissões que podem ultrapassar valores de profissões tradicionais e a possibilidade de escalar ganhos conforme o desempenho seguem atraindo novos alunos para as escolas de corretores. Especialistas indicam, no entanto, que o sucesso na área depende de preparo técnico, postura ética e atualização constante.
CRECI: o órgão que regulamenta e fiscaliza a profissão
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) é o órgão responsável por regulamentar, fiscalizar e garantir o exercício legal da profissão de corretor de imóveis no Brasil. Ele atua em cada estado ou região, sendo vinculado ao Sistema COFECI-CRECI (Conselho Federal e Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis), que estabelece normas de atuação e código de ética para os profissionais.
O CRECI tem como principais funções:
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Fiscalizar o exercício profissional, combatendo o exercício ilegal da corretagem.
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Emitir e renovar a carteira profissional dos corretores de imóveis.
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Aplicar o código de ética, punindo práticas irregulares.
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Promover orientações técnicas e jurídicas à categoria.
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Proteger o consumidor, garantindo que ele seja atendido por profissionais qualificados e credenciados.
Por que estar registrado é obrigatório
Atuar como corretor sem o registro no CRECI é considerado exercício ilegal da profissão, passível de multa e até processo judicial. Somente com a carteira profissional emitida pelo CRECI, o corretor pode intermediar vendas, locações ou negociações imobiliárias com segurança jurídica.
Além disso, o registro traz vantagens como:
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Credibilidade no mercado – Imobiliárias e construtoras só contratam profissionais credenciados.
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Acesso a contratos e documentos oficiais padronizados pelo Conselho.
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Direito de assinar propostas e receber comissões com respaldo legal.
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Proteção para o profissional em casos de litígios ou conflitos com clientes.
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Participação em cursos, eventos e atualizações oferecidos pelo CRECI.
O consumidor também está mais atento
Com o acesso à informação, muitos compradores e locadores já pedem o número de CRECI antes de fechar qualquer negócio. Isso aumenta a responsabilidade do profissional e reforça a necessidade de estar com o registro ativo e regularizado.

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