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Da Redação
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou seu compromisso de deportar imigrantes ilegais do país. Em sua primeira entrevista após a eleição, concedida à rede NBC, Trump declarou que a deportação de imigrantes sem documentação é "inegociável" e que pretende cumprir essa promessa de campanha. Estima-se que cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais residam nos EUA. Trump enfatizou que as deportações começarão por aqueles com histórico criminal e ordens de deportação pendentes, mas que, eventualmente, todos os imigrantes ilegais serão alvo das medidas.
Para implementar esse plano, Trump considera declarar emergência nacional e utilizar recursos militares para executar as deportações em massa. Ele afirmou estar preparado para acionar as Forças Armadas com esse objetivo, acusando o governo anterior de permitir uma "invasão de ilegais". Especialistas e defensores dos direitos humanos expressam preocupação com as implicações dessas medidas, destacando o impacto potencial sobre milhões de famílias e comunidades estabelecidas nos EUA. Além disso, há apreensão sobre a possível eliminação de programas como o DACA, que protege jovens imigrantes conhecidos como "dreamers".
A comunidade internacional e grupos de defesa dos imigrantes aguardam detalhes específicos sobre como o governo Trump planeja executar essas políticas e quais serão as repercussões para os direitos humanos e a economia dos EUA.
Histórico do Primeiro Mandato -2017/2021
Washington, D.C. — Durante o mandato de Donald Trump (2017-2021), o governo dos Estados Unidos adotou uma postura rigorosa em relação à imigração, priorizando a rejeição à entrada de imigrantes clandestinos e intensificando ações para deportar aqueles considerados ilegais no país. As políticas migratórias se tornaram um dos pilares centrais da administração Trump, gerando aplausos entre seus apoiadores e fortes críticas de organizações de direitos humanos.
"América Primeiro": a agenda contra a imigração ilegal
Desde sua campanha presidencial, Donald Trump reforçou seu compromisso com a promessa de "proteger as fronteiras americanas". Em seu discurso inaugural, destacou que o país precisava conter a entrada de imigrantes sem documentação, os quais, segundo ele, representavam ameaça à segurança nacional e à economia.
Entre as ações mais emblemáticas de seu governo, destacam-se:
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Construção do muro na fronteira com o México
A promessa de construir um muro físico para impedir a entrada de imigrantes pela fronteira sul foi símbolo da política de Trump. Embora grande parte do muro já existente tenha sido reforçada ou reparada, a construção de novos trechos avançou, mesmo enfrentando resistência do Congresso. -
Política de "Tolerância Zero"
Em 2018, o governo anunciou a política de "tolerância zero", que determinava a separação de crianças de suas famílias ao cruzarem a fronteira ilegalmente. A medida gerou repercussão mundial, sendo considerada desumana por organismos internacionais e setores da sociedade civil. -
Aumento das deportações
A administração Trump intensificou as operações do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega), promovendo deportações em larga escala. Em 2019, os Estados Unidos realizaram mais de 267 mil deportações, segundo dados oficiais.
Impactos da política migratória
- Comunidades afetadas: A política gerou insegurança entre comunidades imigrantes, especialmente latinas. Famílias foram separadas, e muitos imigrantes passaram a viver na clandestinidade, temendo prisões ou deportações.
- Economia: Especialistas argumentam que a ausência de trabalhadores imigrantes pode impactar setores como agricultura, construção civil e serviços.
- Críticas internacionais: A postura do governo Trump foi condenada por organizações de direitos humanos, que denunciaram violações e falta de respeito aos direitos dos migrantes.
Oposição e resistência
O endurecimento das políticas migratórias gerou fortes reações dentro dos Estados Unidos. Estados como a Califórnia e Nova York desafiaram o governo federal, declarando-se "cidades-santuário" e se recusando a cooperar com as autoridades de imigração. Movimentos sociais e ativistas intensificaram campanhas em defesa dos direitos dos imigrantes, pressionando por uma abordagem mais humanitária.
O legado e as consequências
O governo Trump deixou um legado marcado por políticas de imigração restritivas que polarizaram o debate público nos EUA. Seus sucessores enfrentaram o desafio de reverter ou moderar tais medidas, enquanto o país segue dividido entre o reforço do controle das fronteiras e a busca por uma solução mais inclusiva e humanitária para a questão migratória.
Veja a Entrevista de Trump na CNN sobre Imigração nos EUA
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