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Da Redação - jornalista Douglas de Souza
O presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, deixou temporariamente o fronte de batalha em um conflito que já dura dois anos contra a Rússia. Ele vislumbra alcançar uma solução diplomática com o apoio da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), buscando pôr fim à guerra que tem causado a morte de milhares de ucranianos.
Segundo informações do Wall Street Journal, a guerra prolongada tem impactos demográficos severos em ambos os países e provoca a fuga massiva de profissionais russos. Até o momento, estima-se que o conflito tenha resultado em cerca de 1 milhão de mortos ou feridos (dados de 17 de setembro de 2024).
Zelensky acredita que, com o apoio do governo dos Estados Unidos, será possível convencer os membros da OTAN a permitir a entrada da Ucrânia na aliança militar. Ele argumenta que o ingresso do país na organização poderia encerrar a “fase quente” do conflito entre Kiev e Moscou.
No entanto, essa aposta é vista por muitos líderes ocidentais como “natimorta”. O presidente russo, Vladimir Putin, já deixou claro que não aceitará a participação da Ucrânia na OTAN. Dada essa postura, alguns especialistas sugerem que Zelensky deveria adotar uma estratégia de espera, considerando a possibilidade de um futuro governante russo com um perfil mais pacificador, disposto a priorizar o diálogo em vez das armas como instrumento de resolução de conflitos.
Embora seja evidente que a soberania e os interesses políticos da Ucrânia devem ser decididos exclusivamente pelo povo ucraniano, a ligação histórica do país com a Rússia – desde os tempos da União Soviética – complica o entendimento geopolítico atual.
Nesse contexto, a adesão da Ucrânia à OTAN talvez deva ser tratada como uma meta a longo prazo, idealmente em um cenário mais estável. Essa abordagem permitiria a construção de um ambiente propício ao diálogo e ao entendimento político-social entre as nações envolvidas.
Por fim, tanto Zelensky quanto Putin têm sido criticados por priorizarem interesses pessoais ou políticos em detrimento dos interesses coletivos das nações que representam. Essa postura contribui para o prolongamento de um conflito que tem trazido consequências devastadoras para ambos os lados.
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