CSN - Central Sul de Notícias
Da Redação
Há algumas semanas, quem passa pelo Viaduto do Capanema, no Jardim Botânico, acompanha uma grande transformação nos gigantescos silos do Moinho Anaconda. Aos poucos, o concreto foi ganhando cores. E, depois de um certo mistério, veio a revelação: o local é a mais nova tela do renomado artista plástico Eduardo Kobra, referência internacional em arte urbana.
A pintura, batizada de “Ciclos”, ocupa 5 mil m² em área, e é a segunda maior obra já realizada pelo artista, que tem suas criações estampadas em arranha-céus de todo o mundo. Antes de sair do papel e começar a tomar as paredes da indústria de farinha, o projeto da arte passou pela avaliação e aprovação da Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) de Curitiba.
A capital paranaense tem, desde 2023, uma legislação que define as intervenções visuais nas fachadas de edificações, como grafite, muralismo, poesia visual, pintura, mosaico, lambe-lambe ou colagem (sem fins publicitários).
Com isso, a SMU criou um processo próprio para a emissão de alvará para esse tipo de intervenção. O pedido pode ser feito online e assegura que, tanto o artista quanto o proprietário do imóvel, estejam de acordo sobre a “ocupação” da área.
Em primeira mão
Seguindo o caminho legal, o pedido de alvará para o trabalho do renomado artista passou pelo Urbanismo. E, na solicitação, uma versão final da pintura de Kobra foi anexada. Foi assim que a engenheira civil do Departamento de Controle do Uso do Solo (UUS), Thaís Schutz Millack, responsável pela análise e emissão do alvará, viu a obra de arte praticamente em primeira mão. “Foi incrível! Ele anexou um material super bonito, eu imprimi em A3 (folha de tamanho de cartaz) e pendurei no meu armário aqui no Urbanismo. Curitiba tem tantos painéis bonitos de outros artistas, não tinha do Kobra ainda. Curitiba merecia, é uma cidade tão linda, combina tanto com arte”, avalia Thaís. Ela garante que a versão final sobre dez silos de 10 m de altura é impressionante.
Comentários: