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Da Redação
Nas esquinas movimentadas e ruas tranquilas das cidades brasileiras, as livrarias de rua estão desafiando as gigantes do e-commerce como a Amazon ao apostar em experiências personalizadas, curadoria especial e um senso de comunidade que só o ambiente físico pode oferecer.
Embora a chegada da Amazon tenha transformado o mercado editorial com preços competitivos e entrega rápida, pequenos livreiros têm encontrado maneiras criativas de atrair leitores e prosperar nesse cenário desafiador.
A experiência além dos livros
Nas livrarias de rua, a venda de livros é apenas uma parte do negócio. Muitas têm investido em espaços aconchegantes para leitura, cafés integrados e eventos culturais, como clubes do livro, lançamentos e rodas de conversa com autores.
O gerente de uma A livraria em Florianópolis afirma que a venda de livros pela internet é uma concorrência quase desleal. “Não podemos competir com a Amazon em preço ou logística, mas oferecemos algo que ela nunca poderá: a possibilidade de folhear um livro, conversar com outros leitores e sentir o clima de uma livraria,” explica José Figueiredo
Curadoria e conexão humana
Outro diferencial é a curadoria cuidadosa. Enquanto a Amazon oferece milhares de opções com algoritmos que sugerem o próximo livro, livrarias independentes contam com atendentes que conhecem bem seus clientes e fazem indicações personalizadas. “Quando alguém entra aqui, a gente conversa, entende o que a pessoa gosta e sugere livros que, às vezes, ela nem imaginava querer,” diz Soraia da Silva, atendente de uma livraria no centro de Porto Alegre.
Parcerias locais e presença digital
Para fortalecer seus negócios, livrarias independentes também estão criando parcerias com editoras locais e apostando em produtos exclusivos, como edições limitadas e livros autografados. Além disso, muitas ampliaram sua presença digital, utilizando redes sociais e criando e-commerces próprios para alcançar novos públicos sem perder sua identidade.
A Livraria Curitiba,no Calçadão da XV, por exemplo, ganhou destaque no Instagram com postagens que mostram seu acervo, dicas de leitura e histórias sobre o cotidiano do espaço. “Adoro visitar esta livraria. Sempre tem novidades,” afirma a estudante, Paula Lopes.
Desafios persistem
Apesar das iniciativas, os desafios ainda são grandes. A pandemia acelerou a mudança para o consumo digital, e o impacto econômico tem dificultado a sobrevivência de muitas livrarias menores. Mesmo assim, a resiliência e criatividade dessas livrarias provam que ainda há espaço para a leitura e a troca cultural fora do universo online. Ao reinventarem sua forma de operar, elas continuam encantando leitores e lembrando a todos que os livros são mais do que simples produtos: são portas para novos mundos.
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