Central Sul de Notícias - no Brasil e no Mundo

Quinta-feira, 10 de Julho de 2025

Notícias/Saúde

Reportagem Especial.Por que as Mulheres Sentem Mais Reações às Vacinas da COVID-19?

Entenda os fatores biológicos, hormonais e comportamentais por trás da maior sensibilidade feminina à imunização

Reportagem Especial.Por que as Mulheres Sentem Mais Reações às Vacinas da COVID-19?
CSN - Arte Foto
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

CSN - Central Sul de Notícias - Reportagem Especial

As mulheres tendem a ser mais sensíveis às reações das vacinas contra a COVID-19 por uma combinação de fatores biológicos e hormonais que influenciam diretamente a forma como o corpo responde à imunização. Um dos principais motivos é que o sistema imunológico feminino, de maneira geral, é mais ativo e responsivo do que o masculino. Isso significa que, ao receber uma vacina, o organismo da mulher costuma reagir com mais intensidade, produzindo mais anticorpos e ativando com mais vigor as defesas naturais do corpo.

Essa resposta mais robusta, embora benéfica para a proteção contra o vírus, também aumenta a probabilidade de ocorrerem efeitos colaterais perceptíveis, como febre, dor de cabeça, fadiga e dor no local da aplicação. Isso não significa que a vacina esteja "fazendo mal", mas sim que o sistema imunológico está trabalhando intensamente, o que é esperado e, em muitos casos, até desejado.

Publicidade

Leia Também:

Os hormônios sexuais também desempenham um papel importante nesse processo. O estrogênio, por exemplo, tende a estimular a atividade imunológica, enquanto a testosterona tem um efeito mais regulador ou supressor. Como as mulheres têm níveis mais altos de estrogênio, especialmente durante a fase fértil da vida, isso contribui para uma resposta mais vigorosa às vacinas.

Além disso, existe uma base genética envolvida. O cromossomo X, do qual as mulheres têm dois, contém diversos genes ligados à regulação do sistema imune. Essa duplicidade pode resultar em um sistema mais sensível a estímulos imunológicos como as vacinas. Outro fator relevante é que muitos estudos clínicos antigos foram feitos com predomínio de participantes do sexo masculino, o que levou a uma padronização de doses sem levar completamente em conta as diferenças fisiológicas entre os sexos.

Por fim, há também aspectos comportamentais e culturais. Mulheres costumam prestar mais atenção ao próprio corpo e relatar com mais frequência os sintomas que sentem, o que faz com que os efeitos colaterais sejam mais documentados entre elas. Tudo isso somado ajuda a entender por que as mulheres, em média, apresentam mais reações às vacinas contra a COVID-19 — o que, na maioria dos casos, é apenas um sinal de que o sistema imunológico está funcionando como deveria.

 

OMS – problemas no coração

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades de saúde continuam monitorando os possíveis efeitos adversos das vacinas contra a Covid-19. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), até março de 2023, os benefícios das vacinas disponíveis no Brasil ainda superam os riscos, e a recomendação pela continuidade da vacinação permanece.

A miocardite e a pericardite foram identificadas como eventos adversos raros, principalmente em adolescentes e adultos jovens do sexo masculino, após a administração de vacinas de RNA mensageiro, como Pfizer e Moderna. A maioria dos casos relatados respondeu bem ao tratamento, e os especialistas seguem avaliando os efeitos a longo prazo para atualizar as recomendações.

Anvisa

A Anvisa esclarece que o risco de miocardite e pericardite associado às vacinas contra Covid-19 permanece baixo, e os benefícios da vacinação continuam superando os riscos. Desde a aprovação das vacinas no Brasil, a Anvisa e o Ministério da Saúde monitoram continuamente os eventos adversos pós-vacinação.

Até dezembro de 2022, foram administradas mais de 501 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 no país, com 154 casos de miocardite notificados, o que representa uma incidência de 0,031 a cada 100 mil doses aplicadas. A maioria dos casos relatados ocorreu em adolescentes e adultos jovens, predominantemente do sexo masculino. Nos Estados Unidos, onde esses eventos foram inicialmente identificados, a maioria dos pacientes respondeu bem ao tratamento.

A Anvisa reforça a recomendação de continuidade da vacinação, especialmente com imunizantes de RNA mensageiro, como Pfizer e Moderna, dentro das indicações descritas em bula. Além disso, a agência solicitou a inclusão da miocardite e pericardite na seção de advertências e precauções da bula da vacina da Pfizer.

Aqui estão alguns estudos recentes sobre miocardite e pericardite relacionadas à vacinação contra a Covid-19: A Anvisa esclarece que o risco de miocardite e pericardite associado às vacinas contra Covid-19 permanece baixo, e os benefícios da vacinação continuam superando os riscos. Até dezembro de 2022, foram administradas mais de 501 milhões de doses no Brasil, com 154 casos de miocardite notificados, o que representa uma incidência de 0,031 a cada 100 mil doses aplicadas

Estados Unidos

O estudo nos Estados Unidos foi conduzido por pesquisadores da University of Michigan School of Public Health e da The Wellness Company, localizada em Boca Raton, Flórida. Eles analisaram autópsias de 28 pessoas que faleceram após a vacinação contra a Covid-19 e concluíram que todas as mortes tinham alta probabilidade de ligação causal com a vacinação.

Reino Unido

No Reino Unido, pesquisadores da University of Oxford e da University of Bristol avaliaram mais de 1 milhão de crianças e adolescentes. O estudo documentou casos de miocardite e pericardite apenas nos grupos vacinados, com taxas de 27 e 10 casos por milhão, respectivamente.

Israel

O estudo realizado em Israel foi conduzido por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade de Tel Aviv, entre outras instituições. Eles analisaram 196.992 adultos não vacinados que tiveram Covid-19 e concluíram que não houve aumento na incidência de pericardite ou miocardite nesses pacientes.

Arábia Saudita

Já o estudo na Arábia Saudita foi realizado por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Alfaisal, em Riad, e da King Saud University Medical City, também em Riad, além de pesquisadores da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, e da Universidade Queen Mary, em Londres. Eles examinaram autópsias de 548 corações de pessoas que morreram com ou de Covid-19 e relataram que a prevalência média de miocardite extensa, focal ativa e multifocal foi de 0,0%

Um estudo publicado na SciELO Brasil relatou um caso de miocardite aguda em um homem de 32 anos após a segunda dose da vacina de mRNA contra Covid-19. O paciente apresentou febre e dor torácica, com exames laboratoriais indicando inflamação cardíaca.

O que é o coronavírus?

Coronavírus é o nome dado a um grupo de vírus pertencentes à mesma família, a Coronaviridae, que causa infecções respiratórias que podem ser leves ou bastante graves, dependendo do tipo do vírus.O mais novo coronavírus foi descoberto em 21/12/2019 na China e recebeu o nome de Sars-CoV-2. O nome dado à doença que o “novo coronavírus” provoca é chamada de Covid-19.

Quais os sintomas?

Os sintomas da Covid-19 são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. São comuns o aparecimento de febre, tosse e dificuldade para respirar.  O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção. No entanto, o novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença. 

Qual a diferença entre gripe e coronavírus?

No início da doença, não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infecção pelo coronavírus em comparação com os demais vírus que causam doenças respiratórias. Por isso, é importante ficar atento às áreas de transmissão local.

Estou com sintomas de gripe. O que devo fazer?

É preciso considerar e diferenciar cada caso. Se você está com sintomas leves, como tosse, fique em casa por 14 dias e siga as orientações do Ministério da Saúde para o isolamento domiciliar.  Os casos suspeitos leves podem não necessitar de hospitalização, sendo acompanhados no âmbito dos postos de saúde e instituídas medidas de precaução domiciliar. Só procure um hospital de referência se estiver com febre e falta de ar.

Como o novo coronavírus foi descoberto?

Em 29 de dezembro de 2019, um hospital em Wuhan comunicou que quatro pessoas que haviam trabalhado no Mercado de Frutos do Mar de Huanan, que vende aves vivas, produtos aquáticos e vários tipos de animais selvagens ao público, foram internados com quadro grave de pneumonia. 

Após esse alerta, o Centro de Controle de Doenças (CDC-China) e os epidemiologistas de campo da China (FETP-China) encontraram outros pacientes que também tinham alguma relação com o mercado e, em 30 de dezembro, as autoridades de saúde da província de Hubei notificaram os órgão de saúde do país. Um dia depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta para a doença.

O que é pandemia?

 A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia para o Covid-19, infecção causada pelo coronavírus, na quarta-feira, 11 de março. Segundo a OMS, uma pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença. É um termo usado com mais frequência em referência à gripe e, geralmente, indica que uma epidemia se espalhou para dois ou mais continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

 

FONTE/CRÉDITOS: CSN - Central Sul de Notícias
Comentários:
CSN - Central Sul de Notícias

Publicado por:

CSN - Central Sul de Notícias

A Central Sul de Notícias é uma moderna e conceituada agência de jornalismo do sul do país. Estamos presentes nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de realizarmos cobertura jornalística no Brasil e No Mundo.

Saiba Mais

Veja também

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!

A CSN agradece o seu contato. Como podemos ajudar....