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Da Redação
Em 2024, a decisão de almoçar fora de casa ou preparar as próprias refeições está cada vez mais ligada ao bolso dos brasileiros. Com a inflação em alta, o aumento no preço dos alimentos e dos serviços de alimentação, a pergunta "vale a pena almoçar fora de casa?" tornou-se mais complexa de responder.
Preços de refeições fora de casa em alta
Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o setor de alimentação fora do lar registrou um aumento considerável nos últimos meses. Restaurantes, lanchonetes e até mesmo opções mais acessíveis como o "prato feito" em pequenos estabelecimentos sofreram reajustes que variam de 10% a 20%, dependendo da região.
"Antes, eu conseguia almoçar por cerca de R$ 25, mas agora estou gastando entre R$ 35 e R$ 40 todos os dias. Isso está pesando no meu orçamento", comenta João Souza, que trabalha no centro de São Paulo e costumava almoçar diariamente em restaurantes próximos ao escritório.
Esses aumentos refletem não apenas a inflação nos insumos alimentares, mas também o repasse dos custos de aluguel, energia e mão de obra, que subiram nos últimos anos.
Custo-benefício do almoço fora de casa
A escolha por almoçar fora de casa muitas vezes é uma questão de conveniência, principalmente para trabalhadores que não têm tempo ou recursos para preparar refeições diárias. Contudo, com o aumento dos preços, o custo-benefício dessa prática está sendo reconsiderado.
Almoçar fora ainda oferece vantagens, como a diversidade de opções, praticidade e o fator social, mas muitas pessoas estão buscando alternativas para reduzir o impacto no orçamento. Restaurantes por quilo, por exemplo, têm sido preferidos por quem quer mais controle sobre o que coloca no prato e quanto vai gastar.
Preparar a própria comida pode ser mais barato
A alternativa de levar marmita para o trabalho ou faculdade voltou a ganhar força entre os brasileiros. Preparar a própria refeição em casa oferece mais controle sobre os ingredientes e o custo total. Um levantamento da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) mostra que o custo médio de um almoço preparado em casa gira em torno de R$ 12 a R$ 15, bem abaixo do valor médio de refeições em restaurantes.
"Economizo muito levando minha própria marmita. Compro os ingredientes na feira e consigo fazer várias refeições com o que gastaria em dois ou três almoços fora", diz Carla Santos, que adotou o hábito de cozinhar em casa para levar ao trabalho.
Além da economia, fazer a própria comida pode trazer benefícios para a saúde, uma vez que é possível escolher ingredientes mais frescos e controlar a quantidade de sal, açúcar e gordura nas preparações.
Pesando os prós e contras
Ainda que almoçar fora tenha se tornado mais caro, essa prática pode ser vantajosa em situações específicas, como em dias de compromissos de trabalho ou quando a rotina está apertada. Entretanto, para quem busca economizar, a marmita caseira é, sem dúvida, a opção mais viável financeiramente.
Dicas para economizar no almoço fora de casa
Para quem não abre mão de almoçar fora, algumas dicas podem ajudar a reduzir o impacto no bolso:
- Pesquise opções mais baratas: Em muitas regiões, é possível encontrar estabelecimentos com preços mais acessíveis, como restaurantes populares.
- Prefira restaurantes por quilo: Essa opção permite maior controle sobre a quantidade e o preço final.
- Aproveite promoções: Alguns estabelecimentos oferecem descontos em horários específicos ou combos promocionais.
- Refeições balanceadas e econômicas: Priorize opções mais saudáveis e que ofereçam bom valor nutricional sem extrapolar no preço.
Almoçar fora ou em casa é uma escolha pessoal, mas em tempos de inflação alta, é fundamental fazer as contas e avaliar o que cabe melhor no orçamento.
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