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Domingo, 12 de Outubro de 2025

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Fórum Mundial da Alimentação. Brasil se empenha no combate à fome

Presidente também encerra reunião da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e inaugura o Mecanismo de Apoio da iniciativa na sede da FAO. Visita marca os 80 anos da organização e ocorre meses após o anúncio da saída do Brasil do Mapa da Fome

Fórum Mundial da Alimentação. Brasil se empenha  no combate à fome
CSN - O ministro Saulo Arantes Ceolin explicou que a Segunda Reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza avaliará o progresso da iniciativa desde sua criação, em 2024 - Foto: Vitor Vasconcelos/Secom-PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, na próxima segunda-feira, 13 de outubro, em Roma, da abertura do Fórum Mundial da Alimentação 2025, principal evento anual da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A visita marca as comemorações pelos 80 anos de criação da FAO e ocorre em um momento simbólico, meses após o anúncio da saída do Brasil do Mapa da Fome, de acordo com o relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo (SOFI 2025), divulgado em julho.

“O objetivo principal da viagem é esse: prestigiar o Fórum e, sobretudo, comemorar o aniversário da organização, que é tão importante e com a qual o Brasil mantém uma relação robusta há décadas”

Saulo Arantes Ceolin, coordenador-geral de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério das Relações Exteriores

Ainda no dia 13, também na sede da FAO, o presidente encerrará a Segunda Reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e inaugurará o espaço que sediará o Mecanismo de Apoio da Aliança, que funcionará como o secretariado da iniciativa.

De acordo com o coordenador-geral de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério das Relações Exteriores, ministro Saulo Arantes Ceolin, a presença de Lula reforça a relação histórica e estratégica entre o Brasil e a FAO. “O objetivo principal da viagem é esse: prestigiar o Fórum e, sobretudo, comemorar o aniversário da organização, que é tão importante e com a qual o Brasil mantém uma relação robusta há décadas”, afirmou, em conversa com jornalistas na manhã desta quarta-feira (8).

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PLATAFORMA GLOBAL — Criado em 1945, o Fórum Mundial da Alimentação é uma plataforma global para acelerar a transformação dos sistemas agroalimentares, em consonância com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Estruturado em três pilares — Juventude, Ciência e Inovação, e Investimentos —, o Fórum adota os “quatro melhores” (four betters) que orientam a gestão do diretor-geral, Qu Dongyu: melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e melhor vida.

A edição de 2025 será marcada por uma série de atividades comemorativas e de reconhecimento de boas práticas em segurança alimentar e agricultura sustentável. "Haverá, para além do calendário normal, uma série de outros eventos — a inauguração de um novo museu, uma mostra especial e uma série de premiações de reconhecimento de ações e iniciativas de combate à pobreza e de promoção da agricultura sustentável”, destacou o ministro.

Segundo Ceolin, a participação do presidente Lula no evento foi reafirmada em julho, logo após a divulgação da saída do país do Mapa da Fome. "No mesmo dia em que o SOFI foi anunciado, com a saída do Brasil do Mapa da Fome, o presidente Lula ligou para o diretor-geral da FAO, e ali o diretor reiterou o convite para que ele estivesse presente nesta semana em Roma", esclareceu.

ALIANÇA — Copresidida por Brasil e Espanha, a Segunda Reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza reunirá ministros, representantes de governos, agências da ONU, bancos multilaterais e organizações da sociedade civil. O encontro ocorrerá em formato híbrido e avaliará o progresso da iniciativa desde sua criação, em 2024.

Entre os principais temas estão os avanços da Iniciativa de Implementação Acelerada (Fast Track), que apoia planos nacionais de combate à fome e à pobreza em países como Etiópia, Quênia, Haiti, Ruanda e Zâmbia, com mais de 80 manifestações de interesse por parte de parceiros financeiros e técnicos. Como parte da iniciativa, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza está apoiando ativamente o desenvolvimento de nove planos nacionais voltados para acelerar a ação contra a fome, a pobreza e os riscos climáticos.

"Desde o início do ano, selecionamos um grupo inicial de 13 países de todos os continentes, todos em desenvolvimento, que apresentaram à Aliança as suas demandas e áreas prioritárias. A partir disso, o Conselho de Campeões definiu esse grupo e começamos a trabalhar, ao longo dos meses, na construção dos primeiros planos de ação", explicou Ceolin. "Não se trata de projetos isolados, mas de planos estruturantes para a implementação de políticas públicas de combate à fome e à pobreza", completou.

A reunião também discutirá os desdobramentos da Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas, proposta pela Presidência brasileira da COP30, que será lançada em novembro, durante a Cúpula de Líderes na capital paraense.

MECANISMO DE APOIO — Durante o evento em Roma, o presidente Lula inaugurará o Mecanismo de Apoio da Aliança Global, que funcionará como o secretariado da iniciativa, com sede na FAO e escritórios em Brasília, Adis Abeba, Bangkok e Washington. "Finalmente, conseguimos concluir todos os processos de seleção internacional, que seguiram os padrões das Nações Unidas. O secretariado está pronto para começar a ser instalado formalmente e iniciar suas atividades”, disse o ministro.

CÚPULA DE LÍDERES — A Aliança Global prepara, ainda, a Primeira Cúpula de Líderes, marcada para 3 de novembro, em Doha, no Catar, à margem da Segunda Cúpula de Desenvolvimento Social das Nações Unidas. O encontro reunirá chefes de Estado e de Governo para anunciar novos compromissos de financiamento e cooperação internacional no combate à fome e à pobreza.

ESFORÇOS — Com quase 200 membros, sendo 103 países, a Aliança se consolidou com uma abordagem inovadora para acelerar esforços na implementação dos ODS 1 (Erradicação da Pobreza) e 2 (Fome Zero). Sua missão é facilitar a mobilização e melhorar o alinhamento do apoio nacional e internacional, incluindo recursos financeiros públicos e privados, bem como conhecimento, para viabilizar a implementação em larga escala de programas e instrumentos de política baseados em evidências, liderados e de propriedade dos países, centrando-se nos países mais afetados pela fome e pela pobreza extrema e nas pessoas em situação de vulnerabilidade.

FONTE/CRÉDITOS: CSN - Central Sul de Notícias - Secom-PR
Comentários:
Correia Lacerda | Jornalista

Publicado por:

Correia Lacerda | Jornalista

Jornalista formado pela Universidade do Vale dos Sinos - Unisinos - Atualmente reside em Portugal, Lisboa, correspondente há 3 anos da Agência de Notícias - CSN - Central Sul de Notícias

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