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Da Redação
À medida que a pandemia de COVID-19 avança para sua terceira fase, muitos brasileiros ainda mantêm o uso do álcool hidratado como uma prática comum no cotidiano. Em supermercados, farmácias e espaços públicos, frascos de álcool em gel e líquido continuam a ser vistos como essenciais. Essa permanência no uso do desinfetante revela uma insegurança persistente em relação ao retorno da doença e à possibilidade de novas variantes do vírus.
Mudanças no Comportamento
Desde o início da pandemia, o álcool se tornou um símbolo de proteção. A prática de higienizar as mãos regularmente e desinfetar superfícies se enraizou no comportamento diário de muitos. Estudos recentes indicam que, mesmo com a diminuição do número de casos e mortes, a preocupação com a COVID-19 ainda permeia a rotina da população. “Eu ainda uso álcool em gel sempre que saio de casa. Não posso me dar ao luxo de relaxar. A COVID-19 não acabou, e a gente nunca sabe o que pode acontecer,” afirma Tânia Mara, uma professora que continua a levar seu frasco de álcool para todos os lugares.
A Insegurança Coletiva
A incerteza sobre a evolução da pandemia, combinada com a circulação de novas variantes do coronavírus, alimenta essa insegurança. Mesmo com a vacinação em massa, a percepção de risco persiste, levando muitos a adotar medidas de proteção individual. Especialistas em saúde pública destacam que, embora as vacinas sejam eficazes, a variante do vírus pode gerar surtos, especialmente em ambientes fechados e mal ventilados. “É natural que as pessoas se sintam inseguras. O uso contínuo do álcool é uma resposta a essa incerteza. A educação sobre prevenção deve continuar, assim como a conscientização sobre a importância da vacinação,” explica Dr. Jorge Ferreira Sampaio, infectologista.
Impactos Econômicos e Ambientais
O aumento no consumo de álcool também levanta questões sobre os impactos econômicos e ambientais. O mercado de produtos de desinfecção cresceu exponencialmente durante a pandemia, mas a demanda constante pode trazer desafios, especialmente em relação à produção e ao descarte adequado desses materiais.
“A indústria precisa encontrar um equilíbrio. Enquanto a saúde da população é prioridade, é importante também pensar em práticas sustentáveis que minimizem o impacto ambiental do aumento da produção de álcool,” alerta Patrícia Moreira, especialista em sustentabilidade.
Caminho à Frente
Embora o uso contínuo de álcool hidratado indique uma insegurança, ele também reflete uma conscientização sobre a saúde e a higiene. Muitos especialistas recomendam que, além do álcool, as pessoas continuem a adotar outras medidas de proteção, como o uso de máscaras em situações de risco, principalmente em locais fechados e aglomerados. “Devemos lembrar que a pandemia não é apenas uma questão individual, mas coletiva. Proteger a si mesmo também é proteger os outros,” conclui Dr. Jorge .
Finalizando
O uso contínuo de álcool hidratado é um reflexo da insegurança da população em relação ao retorno da COVID-19. Enquanto as vacinas oferecem uma camada de proteção, o medo do desconhecido persiste. A manutenção de hábitos de higiene é uma maneira de enfrentar essa incerteza, mas é crucial que a sociedade continue informada e atenta à evolução da pandemia, buscando sempre o equilíbrio entre segurança e saúde pública.
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