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Da Redação
Vocação Religiosa e Início da Missão
Desde jovem, Agnes demonstrou interesse em servir a Deus e ajudar os outros. Aos 18 anos, ingressou na Congregação das Irmãs de Loreto, uma ordem religiosa dedicada à educação. Em 1929, foi enviada para a Índia, onde inicialmente trabalhou como professora em uma escola católica em Calcutá. No entanto, a realidade das ruas da cidade, com seus muitos pobres, doentes e marginalizados, tocou profundamente seu coração.
Em 1946, durante uma viagem de trem, Madre Teresa sentiu o que chamou de um "chamado dentro do chamado". Ela acreditava que Deus a estava guiando para deixar o convento e dedicar-se inteiramente a servir os mais pobres. Dois anos depois, em 1948, obteve permissão do Vaticano para iniciar sua missão fora da ordem de Loreto.
Fundação das Missionárias da Caridade
Madre Teresa começou sua nova vida em Calcutá, usando um simples sari branco com bordas azuis — que se tornaria o hábito de sua nova congregação — e morando entre os pobres. Em 1950, ela fundou a Congregação das Missionárias da Caridade, com o objetivo de servir "os mais pobres entre os pobres". As Irmãs da Caridade, como ficaram conhecidas, começaram a trabalhar com pessoas que viviam nas ruas, incluindo leprosos, moribundos e crianças abandonadas.
O Trabalho com os Pobres
Ao longo dos anos, o trabalho de Madre Teresa cresceu exponencialmente. A Congregação abriu casas de acolhimento para os doentes e moribundos, creches, orfanatos, e clínicas para tratar doenças como a lepra. Madre Teresa acreditava que cada pessoa merecia morrer com dignidade, e por isso, criou lares onde os doentes em estado terminal recebiam cuidados e carinho.
A famosa Casa para Moribundos, chamada de Nirmal Hriday (Coração Puro), em Calcutá, tornou-se um símbolo de seu trabalho com os mais necessitados. Ali, ela e suas irmãs acolhiam pessoas que estavam à beira da morte e ofereciam-lhes cuidados, muitas vezes sendo a única presença em suas últimas horas de vida.
Reconhecimento e Críticas
Madre Teresa recebeu inúmeros prêmios internacionais, incluindo o Prêmio Nobel da Paz em 1979. Ao receber o prêmio, ela disse: "O que pode destruir a paz é o aborto, porque é uma guerra direta, uma matança direta de uma criança inocente." Suas visões sobre temas como o aborto e o controle de natalidade eram firmemente alinhadas aos ensinamentos da Igreja Católica.
Embora amplamente admirada por seu trabalho, Madre Teresa também enfrentou críticas. Alguns questionaram a qualidade dos cuidados médicos fornecidos em suas instituições, alegando que faltavam recursos e treinamento adequado. Outros a criticaram por aceitar doações de figuras controversas. Mesmo assim, seu impacto global foi inegável, e suas obras de caridade continuaram a crescer ao longo dos anos.
Últimos Anos e Canonização
Madre Teresa continuou seu trabalho mesmo quando sua saúde começou a deteriorar-se. Em 1997, apenas alguns meses antes de sua morte, renunciou ao cargo de superiora das Missionárias da Caridade. Ela faleceu em 5 de setembro de 1997, aos 87 anos, em Calcutá, sendo lamentada por milhões de pessoas em todo o mundo.
Em 2016, Madre Teresa foi canonizada pelo Papa Francisco, tornando-se Santa Teresa de Calcutá. Sua vida de serviço aos mais pobres e sua defesa incansável da dignidade humana continuam a inspirar pessoas em todo o mundo.
Legado
Hoje, as Missionárias da Caridade operam em mais de 130 países, levando adiante a missão que Madre Teresa iniciou: cuidar dos mais pobres, doentes e abandonados, independentemente de sua raça, religião ou condição social. O trabalho incansável e o exemplo de amor e compaixão de Madre Teresa a consagraram como um símbolo global de caridade e abnegação.
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